Queria ter nascido noutra data
esta corda que me ata
à distância do impossível
Podias tu ser invisível
e eu nunca te desejar
Podia eu nunca dormir
e assim desistir de sonhar
Só não posso eu agora
sair rua à fora
para simplesmente te encontrar
Pois para mim é impossível
esta distância intransponível
maior que o céu e o mar.
Que é o tempo sempre a passar.
Nunca eu conseguiria
viver plena em alegria
e conjugar o verbo amar.
Hoje apenas sinto um vazio
de querer ter-te em meu corpo frio
cansado, triste a naufragar.
Digas-me tu que é besteira
que não serei a única nem a primeira
a um amor assim se entregar.
Sonho, te espero e quero,
conto cada vão segundo
quando retornas ao meu mundo
e posso ao menos te olhar
E assim perto, distante e concreto,
louca me ponho a te imaginar
sem roupa, meu e eu a te amar.
Um comentário:
Madre dios!!! Quanto amor impossível nas linhas que se desenrolam sofridas! Amor... mais dor que sabor...
Abraço.
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