Do amor fiz-me escrava e minh'alma fugitiva desta flecha que crava mata a mulher e a diva. Do amor fiz-me altiva fiz-me jaula de triste luz solitária, independente, ativa fiz-me algema de veludo e cruz. Do amor...Decidi ser dor por não ter nada que por no lugar do verbo amar. Mas hoje escolho sonhar simplesmente me opor a este fado chamado amor. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
12.21.2009
Fado chamado amor
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
2 comentários:
Ah... sempre o amor,esta dor que desejamos e que ao mesmo tempo amaldiçoamos! Seres humanos perdidos, somos sim, e vivemos paradoxos tão complexos que nem sabemos até onde vai a vida.
Belo poema!
Abraço
Anderson Cristiano da Costa
Grata pelo comentário, e sim sempre o amor, na vida é apenas o que falta-me. Vislumbro dois caminhos, eu transcender o amor pessoal e ir ao amor universal, ou então torcer para ter sorte e ganhar esta loteria chamada relação conjugal... Enquanto isso poeto a vida até passar mal...
Grande abraço e grata pela participação, procurarei variar a temática, quem sabe assim não aproximo-me mais do amor universal.
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