As palavras fogem, fogem de mim, não digo nada cheguei ao fim. As palavras morrem dentro de mim não sou nada nem flor, nem amor nem jardim... As palavras voltam e se revoltam contra mim. Sou nada, um pedaço triste do laço de amor que tens por mim. Um abraço solitário, imaginário, dado por teus olhos que me olham dentro de mim. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
10.25.2009
Resposta muda em mim.
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
2 comentários:
Olá, Ana Laura:
Não sei porquê mas, mesmo sendo um poema mais simples do que os restantes, gostei imenso. Talvez porque seja simples de entendimento. Às vezes ser simples custa mas para mim é um dos pilares da Beleza.
Grande abraço
António
As vezes é apenas externar um sentimento, um momento de aflição, é um simples poetar terapeútico que simples brota do coração.
Grande abraço mais uma vez grata pelo comentário.
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