Prato partido, mil pedaços, estatelado, voando, voado, espatifado disco voador inventado do meu universo, confinado, na cozinha, sozinha, eu, a curiosidade da vizinha e o prato, quebrado... transformado em grito, gritado, rido, jogado, experimentado... Sinto aliviado o sentimento represado... Não sinto mais como o prato partido esfacelado, vou dormir com meu pensamento menos pesado... e o humor...alterado!!!!! Grata amigo, que vive além do oceano, do outro lado. (agora não me culpo, me ocupo, juntando cada caco, pedaço, cavaco do pobre e catársico prato, quebrado, enquanto nem me lembro de dor ou pranto, gargalho de mim, do instrumento poetado e do meu amigo: pirado!!!!!) |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.21.2009
Pratos partidos
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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