Quanto tempo perdido, quantos derramados prantos em agonia. Seria um mol, um quanta, um véu, um tonel, uma manta? Que me salvariam da tua magia. Pergunto-me pois não acabo-me neste teu mundo criado por ti. Porque me chamastes, me vistes, olhastes, me trouxestes até aqui? Por pura brincadeira? Por não ter o que fazer em tua cadeira? Mentes-me que sou a única revelada em profecia rúnica a preferida, a primeira. Nunca te pedi nada, não pedia nem para ser amada, muito menos a eleita. Pois sei que sou feia, burra e imperfeita. Sempre te perguntei: "Porque te elegestes para meu Rei?" E a resposta dada: "Porque és bela minha princesa amada". Mas tudo fica perdido, neste meu mundo agora confundido, por teu pecado: Teres me mentido olhando o meu olho apaixonado. ( e o pior, sem teres ao menos piscado!!!!) |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.11.2009
Porque?
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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