9.24.2009

Poema existencial.


Pessoa triste desperta poeta,
a meio a tantas turbulências,
no meio da vida, incerta,
sobrevivendo de dor,
concreta,
vida sem sabor,
sem cor, triste
sobrevivendo de dissabor
seu e dos outros,
e juro: não foram poucos!
Cotidiano insano doente,
gente dormindo,
acordando, quase morrendo,
voltando...
se curando, 0 "eu" adoecendo
e o ser sobrevivendo...
Não morrendo, apenas vislumbra,
na penumbra,
distantes falenas
borbolejantes voando cada
vez mais errantes.
Vida sobrevivida de incoerências,
consequências
deste cartesiano linear existir.
A essência se perde, encolhe,
sem respirar, sem amar, só prosseguir.
O ser sobrevive,a essência prescinde
finge que existe sem sentir.

Desperta, reage, age.
Luta, reluta,
não mais se avilta,
se levanta
se avulta,
descobre o ar,
seu jeito próprio de poetar...
Pensa,
"Existência reprimindo essência...
nunca mais,nem pensar!"
Largo tudo, morro louca, mas não vivo mais sem rimar.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...