Meu corpo ainda arde, da dor sem cor covarde, auto-imposta que mostra sem pudor a perda da luz do grande amor parte toda partida, sou da vida apenas uma posta vil, retórica bandida, auto-infligida, dor sem fundamento, sentimento sem tino, dor louca, sem alento, bandida, cenário carcerário de imaginário desatino. Me dói ver teus lindos olhos de menino, perdendo o sorrir, não posso partir, sem repartir esta dor, doida sem pino... Vai perdoa-me por mais que doa esta ilusão, não é verdade, sou tua inteira, posso ir? Diga-me quando e onde e lá estará meu coração... |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.24.2009
Perdoa-me?
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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