9.12.2009

Neuro-poema de amor

Queria ser um eletrólito insólito
viajando pelas voluptuosas
circunvoluções cerebrais,
de tua mente profana.

Queria girar em teus giros
povoados de papiros secretos,
abstratos e concretos
do teu intelecto inquieto,
de teu encéfalo que me espanta
absorve-me  e encanta
a cada contato abstrato
que tenho contigo.

Seria eu feliz, se fosse  "liquor"
de límpida cor  envolvendo-te inteiro
portegendo-te, amortecendo-te,
de qualquer choque estrangeiro.

Passear por cada sulco,
de  teu encéfalo culto.
cada giro, cada fossa,
abissal de teu crânio
dividido entre o bem e o mal,
o espírito e o prazer carnal.

Que  possibilidade de conhecer de verdade,
os meandros da tua intelectualidade
e explicar este sentimento,
imenso e hemisférico
que deixa meu ser histérico
 a cada ausência tua

Queria ser imagem nua, crua (e só tua)
povoando teu sistema límbico,
queria ser o químico mediador
que estimula teu hipocampo,
te preencher de encanto,
modular qualquer dor.

Ascender em sentido cortical
para afinal, no córtex cerebral,
povoar o centro da palavra escrita
e ser tua faceira musa favorita
( que foge a cada noite e te irrita!!!!)

Queria aah...como queria,
ter sabedoria para não me afastar
e ficar perto, dos meandros
finos, misteriosos e únicos do teu  intelecto.

Quem sabe assim, descubra no fim,
um via, um caminho, uma mão,
um giro, uma circunvolução,
onde possa tatuar com amor
 meu nome em teu coração.

3 comentários:

Joe disse...

É muito gratificante poder receber comentários como os seus. Vou continuar a agradecer muito por eles, com toda a sinceridade. E o comentário ainda me permitiu chegar até este blog, que está tão recheado de material seu. Este neuro-poema é mais uma abordagem muito criativa da poesia, sem no entanto prejudicar a qualidade da mensagem. Parabéns! Vou continuar a ler mais alguns, textos bons aqui é o que não falta.

Tropeços Literários disse...

Muito grata caro amigo.
Grande abraço.

Anônimo disse...

Adorei. Que misto de sensibilidades que nos preenchem numa leitura onde o tempo pára e nós avnaçamos...
NSA

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...