O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
9.07.2009
As luzes me fogem dos olhos.
As luzes me fogem dos olhos,
as estrelas se apagam,
eu pergunto porque?
Não há resposta!
vivo de espólios,
de mortos que me afagam,
eu pergunto porque?
A vida é imposta!
Porque? porque? porque?
Porque que as estrelas se apagam?
Porque os mortos me afagam?
Porque não há resposta,
enquanto a vida me é imposta?
Porque só eu olho e ninguém mais me vê?
Será que morri e ainda não consigo te esquecer?
Será um pesadelo de sono dormido frente a TV?
Ou será Poltergeist futurita que não quer desaparecer?
(Que muda minha vinda, me inunda, me cura da ferida,
recrudescente úlcera nunca esquecida, muito menos escolhida)
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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