8.19.2009

Da inspiração fugidia

As vezes no teu ato me vejo em solfejo
a vezes te vejo e te cato, ali perto.
as vezes é rato louco que fala de queijo
as vezes é gotejo de afeto no teto.

As vezes é luz partindo o concreto,
Substrado abstrato, ou seria objeto?.
Sentimento contido, tido como discreto.
Sentimento inexato que da alma ejeto!

Como faço o processo já escasso?
criação já não me tenho em espaço,
coração já traçado estilhaçado por um traço


seriam, não mais serão, meu laço?
já os deixo, duros seixos em estilhaço,
Mando-lhes um beijo, em um grande e sínico abraço

que distante se mantenha cego errante
que teu luto não dure mais que um instante.




fonemas, centenas, de sentimentos
poemas, com temas diversos momentos,
sofridos vividos escritos nos ventos

poemas és tu além da voz dos sentimentos?

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...