Sou eu, despedaçada,
página virada,
id deletada
do ecram
dos teus cps.
Sou eu, mas tu não vês,
que tenho a chave
da tua vã realidade.
Sou eu que chamo,
que reclamo
por vida,
vida vivida,
não inventada,
vida sofrida,
e digitada,
vida sentida,
posta dilacerada,
a tua frente,
vida vivente,
com gente decente,
indecente,
gente bruta,
inteligente,
astuta, impoluta
ou indigente.
Sou eu o elo
fractal,
entre o real
e o virtual,
entre o bem e mal,
(pungente sal).
Sou eu enfim,
que encerro em mim,
veneno fatal,
pecado capital,
sina inclemente
esta
guardar
canhestra a chave
azul luzente,
da tua mente
louca imprudente...
( e indecente!)
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.20.2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário