Sou um elegante livro na estante
que voce nunca vai conhecer
sou estonteante quase virgem
errante do teu saber
Sou astuta, locutora
e puta
por quem morres de
querer
Mas na última madrugada
tentei ser tua amada
acabei melada
triste e amargurada...
(e sem te ter)
Com vergonha e sem pudor
toda cheia de ardor
da dor
do louco e insano
amor...
fico insone e doente
minha mente transparente
fica triste sem tu a ver...
mas me sinto culpada
de ter feito coisa errada
sem ao menos saber
será que não podia falar?
será que não podia conhecer?
será eu antes de mais nada
já estava eu viva a morrer?
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.07.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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