nesse laboratorio teu, des-humano,
de seres por tráz das telas de quase tvs
todos escorrendo pelo mesmo cano
tristeza, amor, desengano que sempre vês
eu ali prostrada hipnotizada sem ver
dormitando, fingindo amar, sofrer
tentando ter mais uma forma agora
de ver passar rapida e veloz a hora
tu olhou,me viu, me quis não sei porque
agora estou aqui sem tudo que perdi
não consigo respirar, nem ver a tv
mas se fosse pensar bem, sabe la se quem
é feliz... é quem perde ou quem pede biz?
quem se faz de santo, martir ou meretriz?
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.06.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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