Como é bom ser de carne,osso,
músculo, membros,pescoço!
ha...como é bom ter nuca!!!!
ficar maluca com um beijo
se esparramar de desejo
se abrir sem fim...
pricipicio dentro de mim!!!!!
onde os homens se jogam
onde os desejos se afogam,
nascendo para a realidade
como é bom ter liberdade
de verdade...essa natural...
sem bem, sem mal...
liberdade de ir e vir
de pensar de sentir
liberdade de deitar
de erguer, levantar,
liberdade...óh liberdade,
rainha do reino da felicidade!!!!
onde grito com todo o pulmão
para ninguém,
nenhuma satisfação,
onde fico ao vento,
nua...na rua...ao relento...
e não ligo.
não percebo
apenas cedo
ao fluxo das sensações,
borbotõs de sinapses
picos com altos ápices,
onde me jogo no gelo,
nua , em pelo...
posso ve-lo, derrete-lo
e quente, ver brotar a vertente
de um rio...
e nunca... nunca mais sentir frio...
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
6.08.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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