As lágrimas brotam à face, autônomas
produto das desilusões [somas e mais somas]
dos medos que a vida imposta faceira engoliu
do adeus de todos os homens que alguma pariu
pois cega entregou às má-cegas o coração
hoje olha para velha mão acenando adeus
para todos os filhos do mundo de Deus
que um dia olharam seus olhos insanos
injetados de desejos desumanos de afeto
olhando as estrelas por uma nesga no teto
onde chove a ácida chuva das noites em pranto
inundando a sala de seu insano corpo santo
que morre a cada noite fria coberto pela ilusão
vertendo o triste sangue da alma ao chão
filosofando louca, sábia, em afastamento
sob o tegumento de seu corpo nu ao relento
observando da alma o sangue que flui
exangue, sem afeto finalmente conclui
vaticina com sabedoria, certeza e decisão
“viver sem amor é a pior condenação”
[ou única salvação]
[ou a única salvação]
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