Há em mim um controle remoto em que um quase ser, proto, faz que procura e que vai encontrar Há em mim um controle remoto com um botão que libera, um fóton faz que quer iluminar Há em mim um controle remoto com um um botão que acolhe um ser que enxoto passa um filme de quem quer amar. Há em mim um controle remoto com um botão com o qual meu cérebro emboto vivo, mesmo querendo me matar. Há um mim um controle remoto que apaga este ser que eu loto tanto que não cabe nem mais o ar Há em mim um ser remoto sem controle, sem luz, um proto ser que quer se iluminar. Seu único botão fica no coração Cuja programação é esperar a morte chegar! ( enquanto não chega entreto a razão gastando-me a poetar) |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
3.17.2010
Remoto controle
3.08.2010
Verdade
As lágrimas brotam à face, autônomas
produto das desilusões [somas e mais somas]
dos medos que a vida imposta faceira engoliu
do adeus de todos os homens que alguma pariu
pois cega entregou às má-cegas o coração
hoje olha para velha mão acenando adeus
para todos os filhos do mundo de Deus
que um dia olharam seus olhos insanos
injetados de desejos desumanos de afeto
olhando as estrelas por uma nesga no teto
onde chove a ácida chuva das noites em pranto
inundando a sala de seu insano corpo santo
que morre a cada noite fria coberto pela ilusão
vertendo o triste sangue da alma ao chão
filosofando louca, sábia, em afastamento
sob o tegumento de seu corpo nu ao relento
observando da alma o sangue que flui
exangue, sem afeto finalmente conclui
vaticina com sabedoria, certeza e decisão
“viver sem amor é a pior condenação”
[ou única salvação]
[ou a única salvação]
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...