O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
1.04.2010
A poetisa falcão e o lobo em pele de proibição
A primeira,
segunda-feira,
Nada muda,
jornada cinza e feia...
Eu imersa na minha
humana teia.
"Liquor" jorrando,
punção na veia...
O mesmo dia de todos os dias.
Sobrevivendo à todas as agonias...
Mas há um consolo
para esta labuta-dolo.
Sexta-feira,
Quando Eu, da corte, tolo
construo um mundo,
de lúdico tijolo.
Sem nenhum fosso,
nem destroço, nem fundo poço,
muito menos lodo.
Viro tudo em minha mão,
com tinta e imaginação,
posso à noite amar um proibido lobo,
enquanto de dia sou livre falcão.
Posso tudo,
no meu mundo mudo,
ser tudo é minha meta
SOU POETA.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário