Meu corpo percebeu,
só ele, não eu...
Dormi, acordei
nada mudou no velho mundo meu.
Nem rainha, nem rei
nem fogo de Prometeu...
O ano virou,
mas nada mudou,
tudo permaneceu
pode ser que até retrocedeu!
O velho corpo que há muito já me preencheu
comeu, virou, nem olhou,
adormeceu
não percebeu...
E eu?
Continuo desejo, porejo e caduceu!
Fracionando-me, quase achando-me
sonhando e amando
sendo
sonhando e amando
sendo
Um quarto de lua que nunca encheu
minguando num beijo que não deu.
Assim decido, em fração vivo,
amplio meu rígido crivo
Quem sabe assim sobrevivo
a este novo ano que me acometeu...
Onde morre o pronome meu
e nasce o ser cético, ateu...
Onde tudo é nosso,
e onde viras "vosso"
onde tudo posso
até lembrar do que já morreu...
3 comentários:
Amiga, ficou lindo!!!
Tua poesia é única, cheia de imagens originais, que vais buscar nos mais diversos lugares do universo. Tua vida é escrita, não em prosa, mas em verso!!!
Um beijo grande.
Grata cara amiga, sabes que mora no meu coração e fico grata por dares mais vida aos meus tropeços
Beijos querida.
Grata cara amiga, sabes que mora no meu coração e fico grata por dares mais vida aos meus tropeços
Beijos querida.
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