O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
12.25.2009
Novo paradigma
Doces são as palavras que brotam tal qual flores no campo
selvagem, expontâneo, instantâneo, lírico encanto
queria só que fosse alegria, magia e nunca pranto
queria só que fosse energia, sabedoria e acalanto
Mas sou eu, sempre há bruma em algum canto.
Mas sou ateu, no ventre há nenhum santo.
Mas eu canto, encanto e causo espanto,
Mas eu tento, tanto e tanto e no entanto...
Ansiosa, receosa, agitada torno-me temerosa
ciosa, fogosa, desencontrada torno-me aquosa.
Esmago sem querer a rosa
descompasso o verso em prosa.
Ficando assim parada, triste e pesarosa...
Mas mudo essa sina,
volto a ser menina
Assumo que tenho meia-idade.
Metade da minha sobriedade.
Louca saio a poetar em outra cidade,
De lírica, torno-me onírica FELICIDADE!!!!
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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