ão bom...
viver em qualquer tom,
dançar com qualquer som
atravessar a rua pela mão,
prestar atenção
na formiga,
comer doce até doer a barriga.
Dizer
que a porta foi "abrida"
e no joelho
ter ferida.
Fazer na parede arte
(e na mãe um enfarte!!!)
Pensar sem pestanejar,
que cachorro
fala e não
que não late,
comer um morro
de chocolate.
(e depois fazer
líquidas esculturas
cor de abacate).
Querer
espirrar
e tremer o boca,
sair na rua de touca
(para não pegar frio),
devolver um peixe para o rio
e chorar,
por medo de se perder
no mar.
Ter certeza que a água vai acabar
ver beleza em tudo, até no ar...
só viver (sem pensar)
nem conjugar o verbo amar.
Ser alegria, ser festa,
olhar o mundo por uma fresta
e sorrir.
Sonhar em nunca ter que se despedir
partir, crescer,
se espedaçar...
"Ser" criança,
és o ser, a esperança
afeição e fiança
chave da nave
que transita
nesta esquisita
galáxia,
axial e fantástica
elástica nebulosa "lar".
eternamente e expansão...
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
8.11.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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