Redução reducionista,
corpo inerte na pista,
atropelado, estatelado,
cuspido escarrado,
coração atropelado...
nu, pelado, fadado,
estropiado,
coração picado,
auto-mutilado,
desnorteado,
fingindo de tingido,
de não dor,
de pecado,
mas ainda,
vivo, relutante,
esmagado,
esperançoso,
expectante,
atropelado...
Por ti meu amor mutilado, amputado, por mim,ser errante, errado...
Volta, desculpa, só um momento reluta, pensa e perdoa
a arguta, essa triste gruta que múltiplica o equivocado pecado de achar que não mereço estar a teu lado.Da-me de novo a mão, aceita meu coração louco, pouco e apaixonado... no meio da pista postado, sonhando em estar a seu lado...Meu lorde que foge do meu pecado: ter-te tido e não ter acreditado...
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
8.28.2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário