"Musos" múltiplos,
difusos nas letras,
ora rosas,
ora pretas,
ora formosas
ora caretas...
Musos, vários musos,
confusos intrusos
na minha mente,
mas todos,
todos,
me fazem gente,
respirante,
aspirante,
a cantante
desta
gente
contente,
que vive a vida
de forma diferente,
num mundo
grande
profundo,
de amor pujente,
Mar de
reflexões
sobre toda a gente,
sobre amor
doente,
sobre
dor
contente,
sobre poesia
hipocrisia,
paralisia
e frenezi
urgente.
É isso,
que são,
tudo isso em meu coração,
mediado por eles,
lembra? Aqueles...
Os musos múltiplos
difusos que habitam, outros fusos
nos meus vários corações
contusos ( confusos! )
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.21.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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