Enfia-te na tua fumaça
e te some,
tal ninja insone,
com olhos vidrados
de ecram.
Vai-te alma quase irmã
em desatino,
que me cruza
o destino
sem muito afã.
Te faz de transparente,
alma gemente,
e acenas mudo
quando te desejo boa manhã...
vai-te, mas vai-te sozinho,
ser em torvelhinho,
encontra teu caminho
para depois de amanhã
Onde te encontrarei com alegria
pois rogo-te que te tornes alma do dia
que te cures
desta "febre negra"
insana terçã!!!
OBS: Terçã, dize-se a pior febre do mundo, acima de quarenta graus centigatos, endemica em regiões tropicais, causada pela picadura de um mosquito anopheles infectados com plasmodium malarie, provocadora de delírios loucos que podem levar ao suicídio, loucura e assassinato. Se diz terçâ pois intermitente, a intervalos de tres dias.
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.05.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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