O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
7.23.2009
Amo nós...
Adoro quando aparecem, teus olhos me merecem,
quando vens e me aqueces, com desejos que não fenecem,
Adoro, não fenceres, ao intento de outro pranto,
adoro te ver me ver, com lindos olhos azuis de santo.
Adoro, mesmo, muito mais que tanto...
que até quase me brota um pranto,
uma página, uma lágrima, um canto,
de tão ágil, lindo e frágil, que és tu meu amor santo.
Mas, quando vens, no interevalo de teus "vais-e-vens"
entre o convés e o "não-convém", entre todos os "ninguéns"
sei que estás ali e estarás, sempre em mim também.
Adoro como pões em teu mundo, mundo que já é meu também,
me dizes, me dás tudo, o amor que tanto me tens,
e nisso meu corpo mudo, te da tudo, (tudo que tu já tens).
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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