De cima da minha duna,
soturna, minha alma
sem calma, adita,
vê a Maldita, distância nefasta,
que me afasta do destino,
vespertino de min'halma,
Único que acalma a minha fala,
que cala em desalinho,
o torvelinho de pensamentos,
com sonolentos sonetos,
pretos e luzentes,
viventes, recém paridos
queridos, sussurrados,
suados da minha pele,
que impele a falar,
não calar o sentimento,
por um momento de paz,
capaz de regenerar,
gerar novamente
uma mente...
uma nova-mente!!!!
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
6.26.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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