páginas, páginas viradas
lidas, vividas
hitórias contadas
contidas,
de um passado incerto,
não se sabe se longe,
ou perto,
se errado ou certo,
só uma vaga lembrança
de uma casa
com pratos de faiança,
de um jardim florido,
de um tempo ido
que se foi há tempo,
me aperta o coração neste momento
me engasga a garganta
tanta emoção, tanta...
que nem sei explicar,
me falta o ar,
e vem do nada,
emoção danada,
vem e me aperta o peito,
será que não tenho o direito,
de saber o que aconteceu,
quem foi tu?
quem fui eu?
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
6.14.2009
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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