6.01.2009

magia anestesia

...vou lá pegar uma agulha
com essa fagulha de sentimento
vou tirar um sofrimento
com uma simples ponta
depois vou deixa-la tonta,
para com precisão
tirar a sensibilidade com a mão
e deixo fluir limpido liquor
sem graça...sem cor...
que denuncia o local
por onde se tira o mal
por onde se inibe a dor,
o calor, o tato e o suor...
será que vou sobreviver?
a mais essa taquicardia...
dia e noite noite e dia...
dia e noite noite e dia...
ele e eu a correr:
o líquor e a necessidade de sobreviver...

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...