. Era uma vez uma feiticeira que vivia em tempo vão, era uma vez uma feiticeira que se apaixonou por um dragão. Era um tempo perdido distante, inventado Era um tempo escondido por mundos trespassado. A feiticeira do tempo se apaixonou em um momento pelo etéreo dragão. E calou o sofrimento de viver sem sentimento no seu gelado coração. II Era um dragão poético, perdido na emoção já triste e cético de dilacerado coração. Pobre dragão vidente, triste, já sem esperança, sobrevivente descrente neste mundo de matança. Até que ela surgiu, e a tristeza ruiu suas vigas de sustentação. Uma fulgurante luz luziu e neste momento pariu iluminado coração. III Hoje se vê no céu, voando no firmamento, coberta com fino véu, a feiticeira do tempo. Abraçada ao dragão voa livre e liberta, pulsando seu coração com alegria concreta Voam por sobre os mundos mergulam em sonhos profundos de amor e harmonia. hoje voam lado a lado por universo criado pelo amor e poesia. |
O poeta é um fingidor/Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente. /E os que lêem o que escreve,/Na dor lida sentem bem, /Não as duas que ele teve,/ Mas só a que eles não têm./E assim nas calhas de roda/Gira, a entreter a razão,/Esse comboio de corda/Que se chama coração. Ricardo Reis
6.27.2009
A feiticeira do tempo e o dragão
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Quem sou eu
- Tropeços Literários
- Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...
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